
Até quem não se interessa por esporte abre uma exceção diante de grandes eventos como os que batem à porta do Rio de Janeiro. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 são a 31ª edição da competição e o evento acontecerá pela primeira vez na América do Sul, envolto por números superos.
A Paralimpíada, que acontecerá entre 7 e 18 de setembro, reunirá 4.350 atletas vindos de 176 países. Eles disputarão lugar no pódio em 23 esportes, sendo que as modalidades canoagem e triatlo estarão em uma Paralimpíada pela primeira vez na história.
Estão programadas 528 provas com medalhas, sendo 226 femininas, 264 masculinas e 38 mistas. Para ajudar nessa mega operação, 25 mil voluntários estarão a postos nos 21 locais de competição divididos em quatro pontos do Rio de Janeiro: Barra, Copacabana, Deodoro e Maracanã.
Provavelmente o médico polonês Ludwig Guttmann, o pai da Paralimpíada, não fazia ideia do passo que estava dando ao organizar a primeira competição em cadeiras de rodas. Radicado na Inglaterra, abriu um centro especializado em lesões na coluna no hospital de Stoke Mandeville, com o propósito de acolher o imenso número de soldados feridos e mutilados na Segunda Guerra Mundial.
Sua estratégia, já naquela época, era reabilitar essas pessoas através do esporte. De recreação passou para competição: em julho de 1948, paralelamente aos Jogos Olímpicos de Londres, o neurocirurgião criou os Jogos de Stoke Mandeville, em que 16 militares lesionados (14 homens e duas mulheres) participaram do tiro ao alvo em cadeiras de rodas. Os primeiros Jogos Paralímpicos sob esse título ocorreram em 1960, com 400 inscritos de 23 países, em Roma, na Itália.
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