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No último sábado, dia 11, aconteceu o 2º Cochlear Day Brasil, um dos maiores eventos do mundo reunindo pessoas surdas – implantadas ou não – no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Uma tenda enorme foi montada para receber o encontro, que proporcionou celebração, troca de experiências e, acima de tudo, muita informação sobre as possibilidades de implantes para pessoas com deficiência auditiva.
O evento trouxe pela primeira vez Jim Patrick, criador do implante multicanal, que falou aos presentes sobre a tecnologia e seus benefícios. Patrick é reconhecido como uma autoridade mundial em implantes cocleares. O espaço amplo contou com estandes de informação sobre lançamentos, dúvidas sobre o implante e muito mais.
Aos 54 anos, Walter Kuhne é embaixador brasileiro da Cochlear Brasil. Ele tem implante coclear há 11 anos, após ter perdido a audição devido a uma meningite viral, que por sequela causou surdez profunda. “Eu fiquei um ano sem ouvir nada, após o implante eu ainda estava no hospital quando ouvi pela primeira vez, por telefone, a voz da minha filha falando ‘Oi, pai!’ foi o momento mais emocionante da minha vida”, contou o embaixador.
O evento movimentou pessoas de diferentes estados, todas reunidas para compartilhar suas histórias, conhecerem as novidades que a empresa Cochlear tem trazido para o mercado, além da troca mútua de informação e vivência como implantado. “É algo grandioso, é 360 graus, pois atende a todas as necessidade de informação. É fundamental a proximidade entre as pessoas”, conclui Walter.
De Balneário Camboriú, Santa Catarina, Taiane Dalcin, 23, é surda congênita e a condição só foi descoberta pela sua mãe quando a menina tinha seis meses de vida. “Minha mãe insistia que eu não ouvia, mas todos falavam que ela estava enganada, que era normal. Ela fez o teste para todos verem, pegando uma panela e batendo do lado do meu berço, enquanto eu dormia, e eu não acordei, pois não ouvia nada!”, revelou Taiane que, após a descoberta da mãe, foi a primeira criança implantada com dois anos de idade e também a primeira de todo o Estado de Santa Catarina.
“Eu sempre participei de eventos para implantados, é muito importante para reunir os amigos, fazer novas amizades e ajudar quem ainda precisa de informação”, contou a jovem, que hoje é uma das embaixadoras da Cochlear em Santa Catarina.
Fayez Bahmad Jr. é professor da Universidade de Brasília e explicou que o implante coclear é hoje o melhor dispositivo para melhorar a qualidade de vida da pessoa que tem perda auditiva. “Atuo diretamente nas cirurgias de pessoas com deficiência auditiva profunda, e a melhora é fantástica”, contou o médico, que ainda enfatizou a importância do implante para crianças: “Recomenda-se que seja feito o implante dos 6 meses de vida da criança até, no máximo, os 6 anos, pois é necessário que o cérebro receba o estímulo adequado no tempo correto”, diz o médico otorrinolaringologista.
Desde os 10 meses, Lara Lazarotti Golden Freire, hoje com dois anos, é implantada. Sua mãe, Mariene Lazarotti, 30, conta que descobriu a perda auditiva profunda da filha no teste da orelhinha logo após o parto. “Eu procurei na internet informações sobre o implante e foi assim que decidimos fazer. Desde então ela tem se desenvolvido muito bem, já fala algumas palavras. Participamos do encontro no ano passado, e hoje estamos aqui mais uma vez, pois sempre fazemos muitas amizades”.
Texto: Brenda Cruz/ Fotos: Tais Lambert
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