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Tecnologia que soa como música e gastronomia, nova realidade para pessoas com deficiência, foi o evento realizado dia 22 de setembro pela Tecassistiva e pela Microsoft, na cidade de São Paulo, integrando as comemorações do mês da inclusão, conhecido como Setembro Verde.
Richard Chaves, diretor de inovação da Microsoft abriu o evento, afirmando que a velocidade galopante da informação digital abre imenso leque de oportunidades para que as empresas alinhem seus lançamentos pensando nas pessoas com deficiência. “É o momento da inclusão. São 45 milhões de pessoas que têm o direito e podem acessar as informações”, enfatizou.
Alessandro Augusto, diretor da Tecassistiva, empresa especializada em tecnologia e acessibilidade, conduziu o evento, destacando a tecnologia que tornou possível a transmissão ao vivo para diversas Secretarias de Educação no Brasil, agradecendo a presença de Jairo Rozenblit e Paulo Cardoso, o presidente e o diretor da Logitech.
Destacou também o valor da inclusão educacional e cultural da pessoa com deficiência. Durante a programação, foram abordadas várias ações positivas para a acessibilidade nos ambientes de ensino, do nível fundamental ao profissionalizante.
Emmanuelle Alkmin iniciou as palestras com sua experiência à frente da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência em Campinas. Lá, com apoio da Tecnologia, a Prefeitura está levando acessibilidade aos serviços para a população, desde o transporte público até as salas de aula. Emmanuelle mostrou filme com tais realizações e alertou os gestores, pois essa transformação requer liderança e iniciativa.
Simultaneamente às apresentações, numa sala anexa com transmissão ao vivo by Logitech, o chef Eduardo Mandel lançou o livro Sanduíches Especiais às pessoas com deficiência visual. Quatro alunos cegos do Instituto Padre Chico puderam participar da aula de gastronomia, acessando o livro de imediato em braille e em texto ampliado e botando a mão na massa, numa proposta de alimentação mais saudável.
“Cada aluno pôde acessar as páginas de uma mesma receita de meu livro. Um dado interessante é que cada um deles montou o lanche com os mesmos ingredientes, mas com estilo próprio, dando asas à criatividade”, encantou-se o chef, que visa ações futuras igualmente inclusivas.
A seguir, Fábio Bonvenuto, professor do Conservatório Musical de Guarulhos, e coordenador do grupo Música do Silêncio, deu uma verdadeira aula sobre como a tecnologia beneficia o aprendizado dos seus alunos, e demonstrou o acesso imediato em Braille para o ensino de musicografia para cegos.
Ao vivo, orientada pelo professor, Bruna, sua aluna cega escreveu e editou uma música em Braille, com o apoio da linha braille. A seguir, tal música foi impressa numa impressora Braille, e dessa forma outros alunos puderam ser envolvidos.
Gustavo, outro aluno cego, tocou teclado e confidenciou à plateia: “com ajuda da tecnologia, tenho mais facilidade para aprender partitura do que os meus primos que enxergam, pois acho que as informações em Braille são mais organizadas.”
A aula culminou com todo o público cantando em coro a música “É preciso saber viver – de Roberto Carlos”, com a letra disponível em tinta e também em braille, num dos momentos emocionantes do evento. Vale destacar que esse projeto do professor Bonvenuto foi premiado na Universidade de Coimbra – Portugual.
Para finalizar, profissionais de educação e negócios integraram uma mesa redonda, com o tema Inclusão nas empresas: da escola ao posto de trabalho.
Erly Freddi, diretora de negócios da Specialisterne, tem como missão orientar e oferecer emprego para pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Os profissionais Andreza Matsumoto, Daniela Montesano, Izete Malaquias e David Farias compõem equipe do Senac, com vasta ação de acessibilidade, da gerência de pessoal ao setor educativo do Centro Universitário de Santo Amaro – destacaram desde acessibilidade arquitetônica até a evolução da metodologia de ensino que faz da Instituição uma referência em acessibilidade.
Kelly Assunção, gestora de Emprego e Educação da Apae DF, apresentou os grandes avanços em empregabilidade que a instituição tem conquistado e o destacado papel que as tecnologias tem para a autonomia da pessoa com deficiência em particular. Gorete Cortez, Educadora do Hospital Provisão de São José dos Campos, fez questão de alinhavar a importância de escrever corretamente em Braille, como ocorre em sua instituição que reúne tecnologia e o apoio de revisores gabaritados para a alfabetização dos alunos com deficiência visual.
Alexandre Costa, profissional cego e coordenador de sistemas do Itaú esteve presente. Com muita presença de espírito e uma liderança nessa área, Alexandre encerrou as participações dizendo: “pela conexão imediata entre o mundo digital e a ortografia, a linha Braille vem a ser o Uber da acessibilidade comunicacional.”
Alessandro Bueno, Gerente de Negócios da Microsoft, encerrou agradecendo a todos e destacou que esse evento é a prévia de um curso, presencial e à distância, que deve multiplicar esses benefícios pelo país.
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